logotipo

A era dos superapps: entenda como os super aplicativos estão ganhando espaço no mercado

A era dos superapps

Realizar um pagamento, pedir um transporte ou uma refeição, fazer uma compra e checar os horários dos próximos ônibus – tudo isso em um único lugar – já não é uma novidade. Com os superapps, centralizar diversas atividades corriqueiras é uma realidade possível e até bastante consolidada em alguns países asiáticos.

No Brasil, esse cenário começou a despontar com as iniciativas de algumas empresas. Neste texto, falaremos mais sobre elas, o que são os superapps e qual a origem desses super aplicativos.

O que você vai conferir:

  • 1 O que são os superapps?

  • 2 WeChat, o primeiro super aplicativo

  • 3 Superapps encontram cenário favorável em novos comportamentos dos consumidores

  • 4 Eles já chegaram no Brasil?

  • 5 Para superapps engatarem, é preciso pensar em confiança e segurança


O que são os superapps?

Os superapps são aplicativos que concentram inúmeras funcionalidades, criando um ecossistema próprio com o objetivo de fidelizar os clientes para que não precisem mais recorrer a outros outros lugares ao realizar suas atividades do dia a dia.

Esse modelo tem crescido especialmente em países com mercado emergente, como Índia, China e algumas nações na América do Sul. Enquanto no Vale do Silício se viu um movimento de apps que expandiam de dentro para fora, buscando então os mercados globais, os superapps vêm crescendo por meio de outra lógica – eles concentram-se em dominar uma região geográfica específica, adotando um crescimento mais horizontal.

Um dos benefícios mais lembrados dos superapps é a redução do excesso de informações para o usuário, com menos telas de aplicativos, melhorando a experiência dos serviços. Além disso, ao agregar diversas funcionalidades no mesmo local, esses aplicativos oferecem uma proposta ainda mais valiosa: a economia de tempo, já que é possível finalizar diversas tarefas sem precisar sair do lugar.

Juntam-se às melhorias citadas a conveniência e a redução de custos. Por todos esse benefícios, alguns especialistas acham difícil que os consumidores queiram voltar a um modelo onde dependiam de múltiplos aplicativos para finalizar as suas tarefas diárias.

WeChat, o primeiro super aplicativo

O WeChat nasceu como um simples aplicativo de mensagens de texto e voz na China. A partir daí, ganhou tanta aderência da população chinesa que tornou-se gigante, passando a estar presente na rotina da população com serviços como pagamento, compras online e oferta de cupons de desconto.

O superapp é o mais utilizado no continente chinês e foi selecionado pelo governo para uma parceria com objetivo de armazenar o documento de identidade digital da população que reside nessa parte do país. Embora exista o discurso da portabilidade de identificação possibilitada por esse acordo, algumas observações são feitas a respeito da identificação via WeChat – e sobre os superapps, de forma geral.

Em primeiro lugar, superapps como o WeChat e AliPay, que também despontou como uma solução financeira na China, tornam a concorrência um espaço mais árido para outras empresas, que têm poucas chances contra esse monopólio. Uma outra preocupação é que soluções como essa, com acesso a tantos dados dos seus usuários, firmem parcerias com o governo em um país que está implementando o score de crédito social para os seus cidadãos.

Superapps encontram cenário favorável em novos comportamentos dos consumidores

Em 2019, o número de usuários de aparelhos celulares ultrapassou a casa dos 5 bilhões, segundo o relatório Digital 2019: Global Internet Use Accelerates, enquanto as pessoas conectadas à internet chegaram ao número de 4,38 bilhões. Com os smartphones sendo o principal ponto de conectividade da população ao redor do mundo, os superapps encontraram condições favoráveis para sua expansão, especialmente na Ásia e América Latina.

Em texto escrito para a Forbes, Betsy Atkins, CEO da Baja Ventures, fala sobre como Hans Tung – sócio da GGV Capital – explicou a alta aderência dos superapps em mercados emergentes. Segundo Tung, esses mercados possuem áreas com alta densidade populacional que originaram uma nova tendência,o modelo de compra coletiva. Essa tendência começou a ser identificada especialmente em áreas onde a urbanização acontecia de forma muito rápida e desordenada, fazendo com que houvesse a concentração de pedidos do mesmo produto e formando clusters de consumo.

Eles já chegaram no Brasil?

Países como Estados Unidos, Canadá e até mesmo as nações europeias estão avançando de forma gradual quando se fala em superapps – existem empresas como a Uber, por exemplo, que estão agregando serviços além daqueles com os quais se lançaram no mercado.

Na terra do Tio Sam, o aplicativo de mobilidade urbana divulgou recentemente uma funcionalidade de frete de carga. Antes disso, o app já havia concentrado o Uber EATS e o serviço de solicitação de carros em um só lugar, e também passou a exibir informações sobre horários e trajetos de transporte público.

No Brasil, a coisa ainda caminha um pouco mais lentamente. Segundo uma pesquisa realizada pela Google, 81% dos brasileiros não sabem o que são os superapps. Mas, após entenderem o conceito desses aplicativos, 45,8% dos entrevistados disse que os instalaria. Muitos deles pensando na redução do espaço ocupado na memória de seus aparelhos celulares.

Apesar da falta de informação sobre o tema e das barreiras mercadológicas, algumas empresas têm namorado a possibilidade de lançarem seus superapps no país – nomes como Rappi e Magazine Luiza já mencionaram essa possibilidade (a primeira, inclusive, já é considerada um superapp na Colômbia). Mas, primeiro, é preciso migrar a grande adesão ao e-commerce, forte característica do mercado brasileiro, para uma cultura multiuso dos aplicativos.

Para superapps engatarem, é preciso pensar em confiança e segurança

Um dos pontos fracos citados por especialistas em relação aos superapps é a concentração dos dados pessoais mais importantes de um indivíduo em um único lugar, facilitando a vida de hackers em caso de vazamentos. Por isso, é necessário pensar em estratégias de segurança da informação redobradas, além de garantir que todos os usuários da plataforma são idôneos.

A idwall oferece soluções digitais automatizadas de validação de identidade, incentivando o ambiente de inovação e garantindo que mais relações de confiança sejam criadas no mundo. Para saber mais, entre em contato com os nossos especialistas.

Compartilhe nas Redes Sociais